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BERÇÁRIO!!!!
Em classes de berçário, onde
estão crianças de uma faixa etária bem pequena – de 4 meses a 1 ano e meio, é
comum que estes fiquem em tatames, sem um trabalho mais específico, voltado
para o aprendizado sistemático.
É errado pensar que não existem
formas de trabalhar com esses pequenos ou que eles devem apenas ficar num
espaço com brinquedos dispostos para distraí-los.
Devemos considerar que o
brincar é a atividade mais importante para o desenvolvimento infantil, mas
desde que estes tenham contato direto com materiais que favoreçam o
reconhecimento das diferentes sensações, cores, formas, além de conviverem com
outras crianças, ampliando seu contato social com pessoas e com o mundo que a
cerca.
Existe uma boa quantidade de
materiais, objetos que podem ser explorados nas salas de berçário.
Podemos classificá-los de
acordo com as necessidades das crianças ou de suas primeiras aprendizagens,
como diferentes texturas, cores, formas, sons, tamanhos, dentre vários outros.
As professoras, juntamente com
as auxiliares de sala, podem montar caixas de materiais a serem explorados
pelas crianças.
A diversidade dos materiais varia de acordo
com os interesses das professoras
Para as texturas podem juntar
pedaços de lixa, tecidos, algodão em bolinhas, buchas que contenham duas faces
– uma áspera e outra lisa, massinha caseira, novelos de lã, etc.
Os tamanhos podem ser
trabalhados com potes, latas, garrafas PET, argolas de plástico, almofadas
pequenas e grandes, bolas de diversos tamanhos, blocos do tipo lego, carrinhos
de diversos tamanhos, bonecas variadas e muitos outros.
Para se trabalhar cores é
importante que os materiais apareçam também nas mais variadas delas, para que
os alunos tenham contato com a diversidade das mesmas. Porém, nessa faixa
etária o principal é trabalhar com as cores primárias – vermelho, azul e
amarelo. Potes e embalagens de produtos alimentícios, como os sorvetes, são
próprios para esses momentos. Os produtos de higiene e limpeza também possuem
uma coloração mais forte, facilitando o trabalho e o possível entendimento das
crianças.
Alguns instrumentos musicais
são adequados, pois além de trabalhar os diferentes sons, incentivam a
concentração dos pequenos. Chocalhos, pandeiros, tambores, podem ser feitos com
materiais reciclados, diminuindo ainda os custos da instituição. Alguns apitos
fazem sons de passarinhos e distraem bastante os alunos.
É importante que os materiais
sejam dispostos pela sala, mas de forma classificada, onde cada dia se trabalha
com um conceito, até mesmo para que as crianças tenham, a cada dia, acesso a um
material diferente.
Além de deixar as crianças
manuseá-los, as professoras devem mostrar as diferenças existentes entre os
mesmos. Dessa forma, os conteúdos de educação infantil tornam-se adequados para
um bom trabalho com bebês.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Processo de
acolhimento de bebês
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de aula
Objetivos
- Construir um ambiente de acolhimento e segurança para os bebês e suas famílias.
- Estabelecer diálogos com eles e ressignificar os gestos, as ações e os sentimentos por meio da linguagem.
Conteúdos
- Inclusão das famílias no processo de adaptação.
- Respeito às singularidades de cada criança.
Idade
Até 2 anos.
Tempo estimado
Duas semanas.
Material necessário
Objetos de apego dos bebês e para os cantos de atividades diversificadas, uma foto de cada criança e livros de literatura infantil.
Flexibilização
Bebês com deficiência intelectual costumam apresentar um desenvolvimento mais lento que os demais. No entanto, no caso de deficiências menos severas, essas diferenças podem ser pouco notadas nos primeiros anos de vida. O bebê é capaz de desenvolver sua mobilidade (mesmo que tenha algumas limitações motoras) e também a capacidade de comunicação, embora costume apresentar dificuldades de equilíbrio e de orientação espacial. Certifique-se das limitações desta criança, respeite o ritmo de cada bebê e conte muito com a ajuda dos pais ou responsáveis para adequar os procedimentos nas situações de cuidado e de aprendizagem. Repetir atividades e oferecer objetos que façam parte do dia a dia do bebê são ações fundamentais que ajudam a criança nesse processo de acolhimento. Organizar um caderno de registros, com as evoluções e dificuldades de cada bebê em diferentes situações de aprendizagem também contribui para diagnosticar eventuais dificuldades da criança.
Desenvolvimento
1ª etapa
Leia a anamnese dos bebês ou entreviste seus familiares. Converse com eles sobre a possibilidade de uma pessoa próxima à criança acompanhar o período de adaptação e participar de situações da rotina para compartilhar formas de cuidados com o educador. Não é preciso que os pais estejam presentes. Outros responsáveis, como avós, tios e irmãos mais velhos, podem participar dos primeiros dias.
2ª etapa
No primeiro dia, acompanhe os responsáveis nas situações de cuidado, como banho, alimentação e sono, e observe procedimentos e formas de interação (a entrega do objeto de apego no momento de sono, como foi interpretado o choro etc.). Monte alguns cantos (por exemplo, com jogos de encaixe) e se aproxime dos pequenos. Depois, faça uma roda com eles e as pessoas de sua referência para despedida e transforme os gestos e as ações observados em palavras. Converse sobre as brincadeiras, os interesses e o que foi possível aprender sobre eles: João gosta de bola, Marina tem um paninho etc. Fale que novas brincadeiras serão feitas no dia seguinte. No segundo dia, organize outros cantos, com bacias com água, bonecas e livros, por exemplo. Circule e participe das situações. Oriente as pessoas que acompanham o processo a ficar no campo de visão do bebê, mas que procurem desta vez não interagir o tempo todo. No momento de trocar a fralda, a referência familiar pode ficar ao lado do educador, enquanto ele realiza o procedimento explicando à criança o que foi que aprendeu sobre ela ("Eu já sei que você adora segurar seu urso ao ser trocado. Pegue aqui").
3ª etapa
No terceiro dia, brinque e abra espaço para a expressão de sentimentos e gestos. Procure dar sentido às ações com base nas experiências que os envolvem ("Seu bebê está com fome, José. Vamos preparar uma sopa?). As pessoas que acompanham os bebês podem se afastar do campo de visão deles. A saída deve ser comunicada às crianças. No quarto dia, mostre cantos variados. À medida que demonstrarem segurança, faça as despedidas das pessoas que os acompanham. Anuncie onde estarão (quem ainda fica na creche, quem vai tomar um café ou quem vai embora). Brinque e acolha os possíveis choros, pegando no colo, oferecendo brinquedos etc. Leia uma história.
4ª etapa
No quinto dia, componha o ambiente com os três cantos que mais atraíram no decorrer da semana. Selecione fotos dos pequenos para a composição de um painel. Nesse dia, apresente cada um, diga o nome, do que já brincou, se é sapeca, brincalhão etc. Quando os responsáveis vierem buscá-los, compartilhe esse painel na presença dos bebês e crie um contexto de conversa que demonstre o pertencimento deles à creche ("Agora esta sala é da Estela também. Olha onde fica sua foto."). Na segunda semana, planeje os cantos com base nos interesses das crianças e no que julga pertinente para ampliar as experiências delas com o mundo -- a repetição de propostas é importante.
Avaliação
Observe o comportamento dos bebês. Se possível, empreste um brinquedo às mais resistentes, diga para cuidarem bem e trazerem de volta à escola.
- Construir um ambiente de acolhimento e segurança para os bebês e suas famílias.
- Estabelecer diálogos com eles e ressignificar os gestos, as ações e os sentimentos por meio da linguagem.
Conteúdos
- Inclusão das famílias no processo de adaptação.
- Respeito às singularidades de cada criança.
Idade
Até 2 anos.
Tempo estimado
Duas semanas.
Material necessário
Objetos de apego dos bebês e para os cantos de atividades diversificadas, uma foto de cada criança e livros de literatura infantil.
Flexibilização
Bebês com deficiência intelectual costumam apresentar um desenvolvimento mais lento que os demais. No entanto, no caso de deficiências menos severas, essas diferenças podem ser pouco notadas nos primeiros anos de vida. O bebê é capaz de desenvolver sua mobilidade (mesmo que tenha algumas limitações motoras) e também a capacidade de comunicação, embora costume apresentar dificuldades de equilíbrio e de orientação espacial. Certifique-se das limitações desta criança, respeite o ritmo de cada bebê e conte muito com a ajuda dos pais ou responsáveis para adequar os procedimentos nas situações de cuidado e de aprendizagem. Repetir atividades e oferecer objetos que façam parte do dia a dia do bebê são ações fundamentais que ajudam a criança nesse processo de acolhimento. Organizar um caderno de registros, com as evoluções e dificuldades de cada bebê em diferentes situações de aprendizagem também contribui para diagnosticar eventuais dificuldades da criança.
Desenvolvimento
1ª etapa
Leia a anamnese dos bebês ou entreviste seus familiares. Converse com eles sobre a possibilidade de uma pessoa próxima à criança acompanhar o período de adaptação e participar de situações da rotina para compartilhar formas de cuidados com o educador. Não é preciso que os pais estejam presentes. Outros responsáveis, como avós, tios e irmãos mais velhos, podem participar dos primeiros dias.
2ª etapa
No primeiro dia, acompanhe os responsáveis nas situações de cuidado, como banho, alimentação e sono, e observe procedimentos e formas de interação (a entrega do objeto de apego no momento de sono, como foi interpretado o choro etc.). Monte alguns cantos (por exemplo, com jogos de encaixe) e se aproxime dos pequenos. Depois, faça uma roda com eles e as pessoas de sua referência para despedida e transforme os gestos e as ações observados em palavras. Converse sobre as brincadeiras, os interesses e o que foi possível aprender sobre eles: João gosta de bola, Marina tem um paninho etc. Fale que novas brincadeiras serão feitas no dia seguinte. No segundo dia, organize outros cantos, com bacias com água, bonecas e livros, por exemplo. Circule e participe das situações. Oriente as pessoas que acompanham o processo a ficar no campo de visão do bebê, mas que procurem desta vez não interagir o tempo todo. No momento de trocar a fralda, a referência familiar pode ficar ao lado do educador, enquanto ele realiza o procedimento explicando à criança o que foi que aprendeu sobre ela ("Eu já sei que você adora segurar seu urso ao ser trocado. Pegue aqui").
3ª etapa
No terceiro dia, brinque e abra espaço para a expressão de sentimentos e gestos. Procure dar sentido às ações com base nas experiências que os envolvem ("Seu bebê está com fome, José. Vamos preparar uma sopa?). As pessoas que acompanham os bebês podem se afastar do campo de visão deles. A saída deve ser comunicada às crianças. No quarto dia, mostre cantos variados. À medida que demonstrarem segurança, faça as despedidas das pessoas que os acompanham. Anuncie onde estarão (quem ainda fica na creche, quem vai tomar um café ou quem vai embora). Brinque e acolha os possíveis choros, pegando no colo, oferecendo brinquedos etc. Leia uma história.
4ª etapa
No quinto dia, componha o ambiente com os três cantos que mais atraíram no decorrer da semana. Selecione fotos dos pequenos para a composição de um painel. Nesse dia, apresente cada um, diga o nome, do que já brincou, se é sapeca, brincalhão etc. Quando os responsáveis vierem buscá-los, compartilhe esse painel na presença dos bebês e crie um contexto de conversa que demonstre o pertencimento deles à creche ("Agora esta sala é da Estela também. Olha onde fica sua foto."). Na segunda semana, planeje os cantos com base nos interesses das crianças e no que julga pertinente para ampliar as experiências delas com o mundo -- a repetição de propostas é importante.
Avaliação
Observe o comportamento dos bebês. Se possível, empreste um brinquedo às mais resistentes, diga para cuidarem bem e trazerem de volta à escola.
Consultoria: Clélia Cortez
Formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.
Formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.
PLANO DE AULA do berçário ao 1º ano-(seis
Berçário I ( 4 meses a 1 ano e meio)
Objetivo: Transmitir um ambiente acolhedor e seguro, possibilitando ao bebê um pleno desenvolvimento físico, emocional e social.
Conteudos:
• Cuidados básicos de higiene e saúde;
• Estimulação tátil, através de carícias e afago ao bebê;
• Estimulação visual, por meio de objetos coloridos, vídeos e livros de bebê;
• Estimulação verbal, por meio de conversas, sons de brinquedos e músicas;
• Estimulação motora básica do bebê, incentivando a criança a buscar um objeto primeiro com as mãos, depois se arrastando ou engatinhando até que ele consiga andar;
• Estimulação do próprio corpo, mostrando e nomeando partes do corpo;
• Introdução de alimentos com alegria e paciência;
• Trocas de roupas e fraldas contínuas, sempre que for necessário;
• Banhos agradáveis, acompanhados de conversas, livros e músicas;
• Músicas gestuais e cantigas de roda;
• Incentivo à fala.
Berçário II (1 ano e meio a 3 anos)
Objetivo: promover o desenvolvimento da coordenação motora grossa da criança, bem como dar ênfase à musicas, à artes e ao desenvolvimento da linguagem, por meio de estórias, rodas e conversas.
Conteúdos:
• Brincadeiras com brinquedos do tipo encaixe e monta-monta;
• Estimulação do próprio corpo;
• Trabalhos manuais com massinhas e argila;
• Garatujas: pintura com lápis de cor, giz de cera e tinta;
• Incentivo ao uso do banheiro/ penico (controle de esfíncteres);
• Incentivo ao uso de escova de dentes;
• Incentivo a alimentar-se sozinho;
• Integração social, por brincadeiras e jogos que estimulam a criança trocar objetos;
• Incentivo e desenvolvimento da fala, procurando ampliar o vocabulário;
• Traçados simples: coordenação motora;
• Apresentação das cores;
• Contos de histórias curtas;
• Atividades de músicas e cantigas de rodas;
• Brincadeiras de imitação;
• Brincadeiras livres no parque;
• Imposição de limites e boas maneiras, dizendo “não” à criança, toda vez que colocar a si próprio e/ou ao outro em perigo.
Berçário I ( 4 meses a 1 ano e meio)
Objetivo: Transmitir um ambiente acolhedor e seguro, possibilitando ao bebê um pleno desenvolvimento físico, emocional e social.
Conteudos:
• Cuidados básicos de higiene e saúde;
• Estimulação tátil, através de carícias e afago ao bebê;
• Estimulação visual, por meio de objetos coloridos, vídeos e livros de bebê;
• Estimulação verbal, por meio de conversas, sons de brinquedos e músicas;
• Estimulação motora básica do bebê, incentivando a criança a buscar um objeto primeiro com as mãos, depois se arrastando ou engatinhando até que ele consiga andar;
• Estimulação do próprio corpo, mostrando e nomeando partes do corpo;
• Introdução de alimentos com alegria e paciência;
• Trocas de roupas e fraldas contínuas, sempre que for necessário;
• Banhos agradáveis, acompanhados de conversas, livros e músicas;
• Músicas gestuais e cantigas de roda;
• Incentivo à fala.
Berçário II (1 ano e meio a 3 anos)
Objetivo: promover o desenvolvimento da coordenação motora grossa da criança, bem como dar ênfase à musicas, à artes e ao desenvolvimento da linguagem, por meio de estórias, rodas e conversas.
Conteúdos:
• Brincadeiras com brinquedos do tipo encaixe e monta-monta;
• Estimulação do próprio corpo;
• Trabalhos manuais com massinhas e argila;
• Garatujas: pintura com lápis de cor, giz de cera e tinta;
• Incentivo ao uso do banheiro/ penico (controle de esfíncteres);
• Incentivo ao uso de escova de dentes;
• Incentivo a alimentar-se sozinho;
• Integração social, por brincadeiras e jogos que estimulam a criança trocar objetos;
• Incentivo e desenvolvimento da fala, procurando ampliar o vocabulário;
• Traçados simples: coordenação motora;
• Apresentação das cores;
• Contos de histórias curtas;
• Atividades de músicas e cantigas de rodas;
• Brincadeiras de imitação;
• Brincadeiras livres no parque;
• Imposição de limites e boas maneiras, dizendo “não” à criança, toda vez que colocar a si próprio e/ou ao outro em perigo.
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